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About Sex: A Respeito de se Assumir Infantilista…


Certamente, conforme a evolução sociocultural ocorre, em outras palavras, conforme a sociedade vai mudando seus valores morais e (às vezes) se tornando mais progressista, fica mais fácil de você se assumir como membro de algum determinado grupo, que até antigamente era marginalizado ou vítima de preconceito.

Um exemplo de nosso dia a dia seria a própria homossexualidade. Era muito difícil se assumir gay antigamente, e conforme o tempo foi passando essa dificuldade foi ficando cada vez menor, pelo menos na sociedade ocidental. Hoje em dia até indivíduos com certos fetiches mais “lights”, como sadomasoquistas leves, e adeptos da podolatria (fetiche por pés), relativamente demonstram possuir tais fetiches de modo mais aberto e público.
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About Sex: Expressão de Gênero?

Eu nunca entendi direito a diferença entre expressão de gênero e identidade de gênero. Afinal, a própria expressão de gênero faz parte da identidade de gênero. Tendo em mente, é claro, que o conceito de identidade de gênero é muito influenciado por fatores sociais, mas dito isso, me aparece contraditória a ideia de alguém se expressando de acordo com um gênero que ele não tivesse pelo menos o mínimo de auto-identificação. Em outras palavras, se um homem, por exemplo, gosta de se vestir de mulher… nem que seja apenas isto, este individuo se identifica com pelo menos um pouco, com o que consideraríamos o gênero feminino. É por isso que eu nunca entendi essa distinção feita pela imagem abaixo.
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About Sex: Fetiche por Troca de Corpo – A Fantasia de Ser Outra Pessoa

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Um dos fetiches mais interessantes de todos, e pelo qual este autor sempre foi fascinado, é o “Body Swap Fetish”, embora isso não seja um nome “oficial”, por assim dizer, então você provavelmente achará outros nomes para se referir ao mesmo. O título numa tradução livre para o português significa “Fetiche por Troca de Corpos”.

O Body Swap Fetish consiste na excitação sexual ao se imaginar trocando de corpo com alguém, ou ao imaginar duas pessoas trocando de corpos. Uma pessoa com tal fetiche sentiria uma tremenda gratificação sexual ao, por exemplo, assistir um filme em que está situação fosse demonstrada. Por se tratar um fetiche incomum, e também ser um fetiche impossível de se realizar na vida real, existe uma dificuldade grande de se obter informações a respeito.

Mas, basicamente, a maioria dos indivíduos com este fetiche são do sexo masculino, e o maior foco da excitação sexual são histórias envolvendo um homem e uma mulher trocando de corpos, embora a fantasia de duas mulheres trocando de corpos (mulheres geralmente com características sociais e físicas completamente distintas uma da outra) também seja bastante atraente para a maioria dos adeptos do mesmo. O fato de haver uma diferença de idade entre as pessoas envolvidas na troca geralmente também é visto como um fator de excitação sexual extra. Existem poucos contos eróticos abordando o tema de homens trocando de corpos com outros homens, creio eu que isso não é um fator muito excitante para a maioria dos adeptos deste fetiche.

O Japão, em especial, possui um interesse muito grande por este fetiche, se você procurar “JAV” (Japanese Adult Video) e “Body Swap”, numa frase só no Google, você vai achar muitos filmes pornôs japoneses com essa temática, geralmente focando excessivamente em relações sexuais acontecidas após a troca de corpo.

As conclusões deste autor sobre o “Body Swap Fetish”, é que ele está relacionado com os seguintes fatores:

• Fetichismo Transvéstico/Autoginecofilia
Creio que boa parte das pessoas adeptas do fetiche de troca de corpo apresentam tendências de fetichismo transvéstico, e principalmente tendências autoginecofilicas (inclusive, este tema já foi abordado de forma especifica num post anterior aqui no blog), ou seja, a pessoa se excita com a ideia de ser mulher, de se ver num corpo feminino, e ter que agir e se vestir conforme uma mulher, e ter que mergulhar na mais profunda intimidade feminina.

• Submissão e Humilhação
Este talvez seja um dos fatores mais excitantes, a ideia de que você será “obrigado” a agir como outra pessoa. A ideia que você será obrigado a se vestir como ela, a falar como ela. A ideia de que você se verá obrigado a abrir mão de qualquer individualidade que um dia teve e simplesmente ser outra pessoa. A ideia de que você será obrigado a agir como uma garota. Nós crescemos acostumados com a ideia de que é “humilhante” para um homem ostentar qualquer símbolo de feminilidade, por menor que seja, isto é visto como um motivo de vergonha. Para qualquer adolescente de 17 anos a ideia de se ver obrigado a de repente ter que usar as roupas de irmã, e ter que falar como ela, seria humilhante. Entretanto uma pessoa com a fantasia de troca de corpos se excita justamente com isso, com a humilhação de você ter que agir de acordo com um papel social que ela considera humilhante. Podemos dizer que eles apresentam um comportamento parecido, para não dizermos idêntico, a indivíduos adeptos da “Feminização Forçada”.

• Troca de Papéis
Mais do que estar ligado apenas com a excitação sexual em torno da ideia da troca de corpos, podemos concluir que existe uma excitação sexual mais específica ainda em torno da ideia da troca de papéis sociais, que muitas vezes independe da ideia de trocar de corpos com alguém. Permitam-me explicar melhor, muitos fetichistas se excitam, por exemplo, com a fantasia de um jovem ser hipnotizado e passar a acreditar que é a irmã dele, e inclusive passar a usar as roupas dela, e a falar como ela, mesmo ainda estando em seu corpo de homem. Neste caso, a excitação sexual não vem da ideia de troca de corpos, e sim da troca de papéis sociais, de você agir de acordo com um papel social que não corresponde ao seu papel social de fato.

• Um relato pessoal
Este foi meu primeiro fetiche, e até hoje é o maior para mim. Me lembro até hoje de quando era pequeno após assistir um episódio no Simpsons, diga-se de passagem não era um episódio sobre “troca de corpos”, e sim sobre “troca de papéis”. No episódio em questão, Bart por uma série de desventuras se via obrigado a ter a aparência de um CDF, e aquilo era humilhante para ele. E de alguma forma o fato de que aquilo era humilhante pra ele despertou algo em mim; algo que eu não entendia na época. Lembro-me que eu gostava de andar fingindo ser um CDF, usando uma roupa que um CDF usaria, me imaginando naquela mesma situação de Bart, me vendo obrigado a ser algo que eu “não queria”, mas em que ao mesmo tempo meu subconsciente “queria ser obrigado”.

Eu queria ser aquilo que eu não era, aí era onde estava a excitação. Outra recordação envolvendo este tema, e que de foi o que acabou me levando a descobrir o que era isto que eu sentia, foi o meu interesse por filmes envolvendo trocas de corpos, especialmente o filme “Freaky Friday” (Sexta-Feira Muito Louca), embora novamente, não era algo que eu entendia plenamente na época, provavelmente devido à ingenuidade minha. Eu simplesmente sentia um sentimento que na época, em minha inocente infantilidade, considerava apenas “felicidade”, mas que de fato no fundo era excitação sexual. Conforme o tempo foi passando eu fui descobrindo mais a respeito desse fetiche, inclusive comecei a baixar filmes e seriados estrangeiros, de todos os países, de todas as épocas.

Confesso que o melhor orgasmo que já tive em minha vida foi ao assistir o filme russo “Любовь-морковь 2”, no qual uma mulher adulta troca de corpo com a sua filha criança e se vê obrigada a agir como tal, abrindo mão de qualquer privilégio da vida adulta.

Cena do filme russo citado, no qual os pais e os filhos trocam de corpos, e agora se veem obrigados a agirem como os filhos deles. Os filhos, por outro lado, se veem munidos de autoridade que apenas os adultos podiam ter.

Referências (Em Inglês)

• Body Swap Movie List (Lista de filmes e seriados envolvendo trocas de corpos segundo o site IMDB)

Body swap appearances in media – Wikipedia (Artigo da Wikipédia falando sobre as aparições desse tema na mídia)

• Fictionmania (Site de contos eróticos de fantasias transgêneras, muitas dos quais envolvem troca de corpos)

• Freedom of Fetish – Body Swap (Podcast sobre o tema)

• Love of Oneself As a Woman: An investigation Into The Sexuality Of Transsexual and Other Women (Estudo sobre Autoginecofilia que cita a relação entre a excitação sexual de se imaginar mulher e contos eróticos de fantasia)

• Metamorphose (Forum sobre livros, contos eróticos, filmes, e seriados envolvendo temas como transformação, troca de corpos, etc…)

• Mind Control Fetish (Artigo falando a respeito de “Fetiche por Hipnose”)

• 
Transformation Fetish (Artigo falando a respeito de “Fetiche por Transformação”, incluindo o fetiche por trocas de corpo)

About Sex: Eu Queria Ser Uma Menina


“As coisas mais importantes são as mais difíceis de expressar. São coisas das quais você se envergonha, pois palavras as diminuem — palavras reduzem as coisas que pareciam ilimitáveis quando estavam dentro de você à mera dimensão normal quando são reveladas. Mas é mais que isso, não? As coisas mais importantes estão muito perto de onde seu segredo está enterrado, como pontos de referência para um tesouro que seus inimigos adorariam roubar. E talvez você possa fazer revelações que lhe são muito difíceis e que fariam as pessoas o olharem de maneira esquisita, sem entender nada do que você disse, ou porque eram tão importantes que você quase chorou quando estava falando. Isso é o pior, eu acho. Quando o segredo permanece trancado lá dentro, não por falta de um narrador, mas de alguém que o compreenda.” – Stephen King

Achei essa citação do Stephen King tremendamente apropriada para começar esse texto, porque existem coisas que simplesmente são… difíceis de explicar, coisas que você se envergonha de falar para os outros pois sabe que as pessoas jamais vão te entender. E de fato, eu só estou tendo coragem pra dizer isso porque, obviamente, ninguém sabe quem eu sou, e eu não correrei o risco de ser desprezado por dizer isso, não correrei o risco de ser considerado um esquisitão, um creep da vida. Bem, lá vai:

Eu às vezes queria ser uma menina. Não uma mulher (quero dizer, eu gostaria de ser uma mulher também, mas isso é conversa pra outro post), uma menina. Quão estranho é um homem de 20 e poucos anos querer ser uma menina de 8 anos? Meninas remetem a uma inocência, uma pureza, uma fragilidade, uma beleza. Sei lá, elas são tratadas de uma forma tão especial, são tratadas como princesas. Elas têm uma forma delicada, elas podem agir duma forma meiga, elas são amadas por todos. Elas podem usar roupas bonitas e fofinhas. Elas são tão bonitas. Elas são protegidas de uma forma tão… amorosa por seus pais.

Uma menina pode gostar de coisas fofas e bonitinhas, podem gostar de rosa, de cama com dossel, podem dormir abraçadas com bichinhos de pelúcia, podem fazer tudo isso sem que ninguém as julgue.

Embora, eu preciso ser honesto também e admitir que parte de mim se excita com essa ideia, com a ideia de ser uma menina. De fato, se você tivesse lido meu texto a respeito do Infantilismo Parafílico e do Erro de Localização do Alvo Erótico, talvez entendesse melhor o motivo pelo qual gostaria de ser uma menina. Parte de mim talvez esteja projetando em mim mesmo uma possível atração sexual por meninas, como se eu quisesse me tornar aquilo que me atrai. Talvez a ideia de “querer ser uma menina” seja apenas uma fantasia sexual minha, e eu de fato não queira ser uma menina.

O mais engraçado é que, a título de curiosidade procurei seguinte expressão no Google “Eu queria ser uma garotinha”e achei estes 2 relatos no Yahoo Respostas, não sei se ambos os relatos são de pessoas diferentes, já que ambos são muito parecidos, nem tão pouco se são verídicos de fato e não apenas alguma trollagemmas de qualquer maneira, a existência dos relatos em si já é algo interessantíssimo:

• “Tipo, eu tenho 20 anos e sei lá… eu queria ser uma menininha de uns 7, 8, 9 anos. É estranho porque quando eu vejo uma menininha na rua eu tenho uma sensação estranha, como se quisesse estar no corpo dela, sério! Eu não quero ser exatamente uma mulher (até porque eu não queria ter seios, muito menos pelos pubianos), eu queria ser uma criança do sexo feminino. Eu odeio ser homem, odeio ter *****, odeio tudo! Acho tão fofo roupas para meninas e tudo mais, tipo, se eu fosse uma eu usaria horrores (risos). Por que eu não nasci com uma vagina? Além de ser mais bonito anatomicamente falando, ocupa menos espaço. Será que é normal isso? Será que essa vontade de estar em um corpo de uma criança do sexo feminino não seria um indício de pedofilia? Que diabos é isso que eu tenho?” – Link do Post Original

• “Eu tenho 20 anos e sei lá, eu queria ser uma garotinha de uns 8, 9 anos, tipo não sei porque, mas essas meninas dessa idade me atraem tanto, eu até estava achando que era um pedófilo, só que depois eu fui vendo que eu não queria o corpo delas para mim, eu queria estar no corpo delas. Uma vez eu por acaso achei um desses sites de pedófilo, tipo, olhando as fotos de nudismo e tals, eu senti uma certa inveja do corpo delas (risos). Eu adoraria usar aquelas calcinhas (risos). Adoro a anatomia de uma menina, acho lindo, enquanto a de um menino é nojenta. Eu detesto ser menino, odeio ter ereção, odeio ter ejaculação, confesso que queria menstruar e tudo mais… só não queria ter seios, porque eu acho feio, mas o resto… *———* Obviamente eu não queria ter uma piriquitá peluda, né. Exatamente por isso que eu queria tanto ser uma garotinha. Eu vou desconsiderar quem me chamar de gay, doente e transexual, porque eu não sou. Eu não sou uma menina no corpo de menino, só não gosto da anatomia de um menino. E acho muito mais fofo de uma menina e tudo mais. Eu não sou obrigado a gostar de ter nascido com um *****, e nem quero tirá-lo (risos).” – Link do Post Original

Achei curioso encontrar alguém com um relato tão similar ao meu nessas internê da vida. Enfim, esse é um tema que eu realmente queria botar pra fora fazia algum tempo. Obrigado por me ouvirem.