Chromium foi uma Barganha Faustiana


“O que empresas desenvolvedoras ganham ao “ter um browser de graça”, a Google ganhou em poder para influenciar fortemente os rumos da web.”

Existe um motivo pelo qual, por exemplo, a maioria dos navegadores mobile em pleno 2024 ainda não oferece suporte a extensões. É porque o chromium não oferece essa funcionalidade e o chromium não oferece isso porque a Google não quer que as pessoas instalem bloqueadores de anúncios.

A maioria das empresas mantenedoras simplesmente não tem condições de manter um fork (mais sobre isso no fim do texto) que com o passar do tempo se distanciaria mais e mais da versão mantida pela Google.

É garantia de 100% de controle sob os rumos da internet? Não, não é. Se uma feature – que Google removeu ou simplesmente nunca implementou – é fortemente desejada, os desenvolvedores irão implementar. Vide certos navegadores baseados em Chromium, como Brave e Vivaldi, que possuem bloqueadores de anúncios implementados nativamente neles.

Entretanto, para a Google, esse sistema gera a quantidade de dificuldade ideal para os outros desenvolvedores de navegadores, e dá à empresa do Vale do Silício um grande poder de influenciar quais features são implementadas na maioria dos browsers. Continuar lendo Chromium foi uma Barganha Faustiana

Diário: 28/04/2024

– Todo mundo tem algum draminha.
– E qual é a sua tragédia grega, garoto?
– Ah, nada demais, eu só queria ter nascido uma menininha rica…

“Você esculpiu seu sonho lúcido a partir da iconografia de sua juventude. A capa de álbum que tocou você. Um filme que você assistiu tarde da noite mostrou a você como um pai poderia ser… ou como o amor poderia ser. Esta foi uma mulher gentil, indivisível, alguém mais que igual. Você mau a conheceu na vida real, mas em seu sonho lúcido ela foi sua salvadora.”Vanilla Sky

•  “What I would be able to die happy with is a technology that could capture just a snapshot or a film clip of one’s thoughts.” – Terence McKenna: Future of Art

“Tem mais arte dentro da minha cabeça, um mero João-Ninguém, do que em metade dos museus desse planeta.”– Terence McKenna: Future of Art

“Só as grandes mentiras precisam ser guardadas, as grandes ninguém acredita” Marshall McLuhan Continuar lendo Diário: 28/04/2024

Milhões Testemunhando o Impossível

Esse manga japonês acabou me deixando com essa ideia, acho que ela poderia ser melhor explorada nele e na ficção de modo geral, pois acredito que esse seja um elemento narrativo interessantíssimo…

Enfim: o que aconteceria se um evento extraordinário acontecesse com muitas pessoas, mas ainda sim uma pequena parcela da humanidade, digamos 0,1% – o que resulta nuns 8 milhões de pessoas. Algum evento que tivesse acontecido de verdade, mas que os envolvidos não possuíssem nenhuma prova.

Suponhamos que 10 milhões de pessoas espalhadas pelo mundo jurassem de pé juntos que viram uma gigantesca nave alienígena no céu às 7 da noite UTC+9 do dia 27 de junho de 2026? E o resto da humanidade simplesmente não viu nada. Você checa as câmeras de segurança mundo à fora naquele horário, e simplesmente a espaçonave não aparece, a única coisa no vídeo sendo os outros olhando para o “vazio” no céu. Deixando a situação mais inusitada ainda, digamos que você teve pessoas que estavam no mesmo lugar e uma viu a nave e a outra pessoa do lado dela não. Continuar lendo Milhões Testemunhando o Impossível

Chomsky, a Imprensa e a Narrativa


Já devo ter escrito isso em algum lugar, mas acredito que Chomsky explica de forma brilhante o processo de como ela controla as pessoas, e especialmente o processo como a mídia controla o que os próprios jornalistas vão dizer, sem nem eles mesmos se darem conta. Tem aquela famosa frase dele ao ser entrevistado por um jornalista da BBC que jurava dizendo “Oh, eu não estou me censurando” e Chomsky responde a ele “Eu acredito em você, não tenho dúvida alguma que você acredita em cada palavra que diz. O ponto é que se você pensasse diferente você não estaria aqui”. “Se eles sabem o que você pensa, podem prever sua reação”, já dizia a música.

Isso leva a um ambiente onde nem o próprio jornalista acredita que haja alguma manipulação no sistema. Uma espécie de censura onde as pessoas nem se dão conta do que está acontecendo, porque o jornalista que iria publicar algum artigo num grande jornal indo contra a narrativa dominante, ele nunca sequer foi contratado. Não só isso, como o redator ou editor chefe que iria contratar esse jornalista, ele também nunca foi contratado. E os membros do Conselho Editorial que contratariam esse redator que iria então contratar esse jornalista, eles também nunca foram contratados pelo bilionário dono do jornal. Continuar lendo Chomsky, a Imprensa e a Narrativa

Diário: 13/04/2024

Esse pessoal da “direita-limpinha” – Danilo Gentili, MBL e afins – tem um ódio patológico em relação ao Bolsonaro. Não é o Bolsonaro que está implementando uma ditadura no país, não foi o Bolsonaro que mandou prender jornalistas no exterior [¹] [²] [³] [⁴], não foi o Bolsonaro que condenou um parlamentar a 9 anos de prisão porque o cara xingou ele, não é o Bolsonaro que condenou pessoas, que na pior das hipóteses cometeram vandalismo, a 17 anos de prisão.

Mas acho que é mais fácil e conveniente criticar um ex-presidente inelegível do que falar de quem pode mandar derrubar as redes sociais e cancelar o programa dele no SBT e afins, né? É fácil cantar de galo contra quem não tem poder algum. O imperador do Brasil estará prendendo sua mãe porque ela fez um post no Facebook que recebeu 9 likes pedindo voto impresso e esse pessoal ainda estará falando de Bolsonaro.

E falar de Bolsonaro numa situação onde simplesmente não é ele que está praticando todos esses inúmeros abusos, é como um pombo cagando no tabuleiro, é essencialmente criar uma cortina de fumaça para falar de tudo, menos dos incontáveis abusos cometidos pelo STF.

Coisa de gentinha covarde e cínica.

Música: De Dentro pra Fora

Uma prisão de dentro pra fora
Rituais e angustias, sem sentido
Uma prisão de dentro pra fora
Repetições litúrgicas, loucas angustias
Angústia do invisível e medo

Medo do meu toque magoar você
Medo de machucar aqueles que eu mais amo
Ne
sse mundo

Me perdoa
Me perdoa
Me perdoa
O problema sempre fui eu
O sujo sempre fui eu

Me perdoa


Mexendo um pouco com o Suno. A letra, escrita por mim, é o texto acima, que é ligeiramente diferente do áudio dessa versão, mas gostei dessa “demo” que a IA gerou enquanto eu testava diferentes versões/prompts. Infelizmente as IAs atuais não permitem você editar só a letra e preservar a melodia, quando surgir uma IA que te permite fazer isso, termino.

O Prompt, a “Cura do Câncer” e a Pergunta Certa

Assistindo esse vídeo [¹] [²] [³] [⁴] do canal “MattVidPro AI” falando essencialmente sobre como você pode melhorar o desempenho de LLMs ao fazer o prompt certo, acho que isso acaba ilustrando a importância de fazer as perguntas certas. Não só nesse contexto de conversar com IAs, mas no geral, até mesmo quando você dialoga com outro humano.

Isso também ressalta como simplesmente saber o que você quer é uma habilidade, e uma parte essencial da conversa e da resposta que você deseja. Porque… se você sabe o que você quer e você sabe dizer isso, tudo fica mais fácil.

Por outro lado, quando você não sabe descrever, quando você não tem uma ideia muito boa de como explicar o que você quer, a execução daquilo… tudo fica mais complexo e você, de certa forma, passa a depender da outra parte da conversa para ser uma espécie de “leitora de mentes”, lendo nas entrelinhas e pressupondo a parte que você não disse.

E, na direção oposta, quanto mais exata e precisa for a sua pergunta, mais fácil vai ser para ele responder. Os modelos de linguagens atuais são um repositório abundante de informação, mas, comparados aos humanos, ainda são péssimos leitores de mente.

Colocando de forma bem simples o que estou tentando dizer aqui é que, por exemplo, talvez o Claude 4 ou Chat GPT 5 tenha, sei lá, a cura para o câncer, mas a pergunta (prompt) que teríamos que fazer para ele nos dar essa resposta seria tão complexa quanto achar a cura para o câncer. Não seria só chegar e perguntar “Oh, qual a cura do câncer”? Talvez o prompt seria um extenso artigo de 700 páginas perguntando como diversos genes associados a essa doença interagem uns com os outros…

Tudo isso acaba por me lembrar aquela história do “Guia do Mochileiro das Galáxias”. A resposta é 42, mas você não sabe a pergunta.

Sobre o MH370…



Provavelmente foi o piloto. Posta esta observação…

Por que ele fez isso?

Em minha modesta opinião, para envergonhar o governo da Malásia OU para criar um grande mistério, o “Titanic de Nossa Geração”, de modo que ele e seu avião nunca fossem esquecidos. Talvez um misto de ambas as teorias?

O piloto era envolvido com política e um ferrenho opositor do regime do país na época (curiosamente, em 2014 o governo era o sócio majoritário da Malaysia Airlines, hoje em dia a companhia é controlada totalmente pelo Estado), e no dia anterior o líder da oposição, Anwar Ibrahim, havia sido indiciado novamente.

A ideia do piloto suicida então sendo: “Melhor do que eu sequestrar um avião e jogá-lo contra a montanha mais próxima, postando um longo manifesto na internet explicando meus motivos… é eu não falar nada”. Muitas vezes a ausência duma mensagem é a própria mensagem. De repente as pessoas começam a se perguntar: Continuar lendo Sobre o MH370…