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We believe the capabilities Sora has today demonstrate that continued scaling of video models is…

“We believe the capabilities Sora has today demonstrate that continued scaling of video models is a promising path towards the development of capable simulators of the physical and digital world, and the objects, animals and people that live within them.”

Seria irônico se acabássemos “provando” (ou no mínimo achando fortes indícios ela poderia ser verdade?) a hipótese da simulação ao desenvolvermos uma IA ““para a criação de vídeos”” [¹] [²] [³].

E se as outras pessoas não existirem?


O quanto te afetaria saber que você é a única pessoa que realmente existe no mundo?

Que todos que você um dia conheceu, seus amigos e familiares – sua mãe, seu pai, seu filho – não existem, que estes são ilusões, são zombies filosóficos, NPCs.

Vale ressaltar, essa é uma situação distinta de obras como o Matrix. No clássico das irmãs Wachowski, embora aquela realidade seja falsa e manipulada pelas máquinas rodando a simulação, apesar disso… as pessoas presas na Matrix existem, são seres humanos de carne e osso e, mais importante do que isso, são criaturas sencientes que possuem uma experiência de mundo própria: há um fantasma no casulo. A simulação lá está mais para um jogo em realidade virtual imersiva com multiplayer online onde humanos jogam entre si, mas a IA rouba para ela própria vencer, do que essa “realidade virtual solipsista da qual aqui falo…

Feita essa observação, o quanto saber disso iria afetar alguém? Você pararia de amar seu filho se ele não “existisse”? As pessoas dão muito valor a algo ser verdadeiro. Quando você ainda vai ter uma experiência, dizem que você deve escolher a realidade, porque só a “realidade importa”, mas e se invertemos a ordem dos fatos? E se você descobre que uma experiência que teve, um evento que te trouxe muita felicidade, não foi real? De repente aquilo pararia de ter valor? Deveria, se estivéssemos seguindo essa lógica à ferro e fogo…

Suponhamos então por um instante que todo esse nosso universo é uma simulação, que todas as outras pessoas, incluindo sua filha e esposa não são reais, que elas são zumbis filosóficos, apenas fingindo que existem através da mais perfeita imitação dum ser humano.

Teoricamente, se você descobrisse isso, sua família deveria imediatamente passar a ter o mesmo valor de uma torradeira ou um sofá, ou qualquer outro objeto desprovido de vida. Afinal, não devemos obrigações morais para com objetos, se você compra um sofá você pode fazer o que quiser com ele – tacar fogo, quebrar, jogar no lixo – tudo sem se sentir culpado moralmente por isso. Logo, a mesma lógica se aplicaria a sua família e amigos, caso fossem NPCs.

Mas aqui… algo simplesmente não soa certo, aquilo aparenta ter um valor mesmo não sendo real…

Talvez a mentira importe? Talvez a mentira até nos salve…

Diário: 18/11/2023


• Desenvolvedores web continuam reinventando no javascript coisas que você poderia fazer com HTML puro e CSS para sites que simplesmente não requerem um nível de interatividade que exija tal complexidade. O resultado disso são esses frameworks monstruosos, onde para ler 500KB de texto você precisa carregar 10MB de JavaScript… Cada ano que se passa é como se os desenvolvedores web estivessem desaprendendo a fazer sites. Aliás, talvez isso seja até dar crédito demais a eles, talvez eles simplesmente nem aprenderam isso e quem sabia como fazer as coisas está se aposentando. Continuar lendo Diário: 18/11/2023

O Desconhecido e o Léxico Futurista


Imagem do jornal “San Francisco Call” de 19 de Novembro de 1896 / Cena do filme “The Thirteenth Floor” (Décimo Terceiro Andar)

É verdadeiramente fascinante como o ser humano, ao deparar-se com um fenômeno que não faz sentido tenta compreendê-lo por meio das ferramentas, e da visão de mundo, e do “léxico futurista” que possui para interpretar esse mistério, e como dependendo do nosso conhecimento à época, essa incógnita toma diferentes formas.

Não é mera coincidência que os relatos de OVNIs surgem paralelamente aos avanços na tecnologia da aviação e da astronomia do fim do século 19 e começo do século 21. Ganhamos a capacidade de entender que esses estranhos pássaros mecânicos podiam existir e que o universo era algo muito mais complexo do que pensávamos, de que a Terra não era o centro de nada, de que haviam planetas, de que talvez fosse possível até mesmo viajar até eles. E a partir do momento que temos a capacidade de conceitualizar isso, toda uma nova forma de ver o mundo se abre.


De uma poética forma, esse “léxico futurista” se assemelha a linguagem alienígena no filme “Arrival” (A Chegada): enquanto a língua alienígena permitia o ser humano ver o futuro, como uma dimensão extra não-linear, esse léxico permite o ser humano imaginar futuros.

Antes disso tais misteriosos eventos sendo tidos como “fadas” ou intervenções divinas e outros fenômenos sobrenaturais E hoje sendo “explicados” como algo possivelmente futurista, algo que não existe ainda, mas que poderia talvez existir: “glitches” na realidade virtual dentro da qual estaríamos vivendo, explicação essa que só poderia ser imaginada num mundo onde, não somente o conceito de “computador” ou cérebros eletrônicos já existia no “Zeitgeist” daquela determinada sociedade, mas também um entendimento maior sobre simulações virtuais de ambiente e do papel que estímulos elétricos possuem na percepção do ser humano sobre a realidade.

Um mundo onde esse conceito pode ser extrapolado para imaginarmos que talvez ele seja resultado duma simulação digital que todos nós estaríamos vivendo.

Do Mind Copies Dream of Metaverse Heaven?

Eu… eu acho que não tive uma vida muito felizEu podia ter tentado fazer algo a respeito, não é culpa de nenhuma outra pessoa, parte é azar, parte culpa minha (ou talvez eu seja só um merdinha que não sabe valorizar o que tem e esteja reclamando de barriga cheia, não é?). Nasci homem e pobre.

E eu estava pensando algo absolutamente aleatório, talvez seria alguma boa ideia para um filme ou algo assim, algum episódio do Black Mirror. Sobre alguém morrendo, que teve uma vida infeliz, e eles acabaram de descobrir a tecnologia de mind-copy, de você copiar a sua mente para um computador. Você ainda morreria, não estamos falando aqui de imortalidade, mas você poderia salvar alguém igual a você.

E estava pensando nessa história de alguém decidindo clonar sua mente, e dar a uma versão de si mesmo a vida que ele sempre quis. Da nobreza e do gosto agridoce que seria ter essa atitude, sabendo que uma versão mais feliz sua poderia existir numa realidade virtual, ou seja lá onde viveriam esses avatares.

Em muitos aspectos o episódio San Junipero é similar ao que eu estou dizendo, porém… não existe esse aspecto dramático em relação a ele, até porque na história não se trata de um mind-copy, e sim dum mind-transfer (ao menos o episódio não indica que as protagonistas morreram e que quem foi viver no metaverso foram avatares delas). Elas não mandaram dois clones irem viver felizes para sempre na realidade virtual, elas mesmas foram para lá.

Talvez uma versão de mim poderia ser mais feliz no metaverso…

“The Messenger” e “The Midnight Gospel”

Conceitos interessantes: a ideia de um jogo que mistura diferentes gráficos, como “The Messenger” e a história do “The Midnight Gospel”.

Ambas não tem muito haver uma com a outra a não ser pelo fato delas, de certa maneira, cada uma a seu modo, subverter a lógica do esperado. O primeiro se trata de um jogo atual que mistura diferentes estilos gráficos (8 bits e 16 bits, sendo mais preciso).

O segundo é um desenho que se passa num futuro onde a tecnologia de criação de universos simulados é algo tão prático/barato quanto instalar o “The Sims 5” no seu PC, e no qual o protagonista vivendo no mundo real, digamos assim, usa tal invento para entrevistar as pessoas simuladas em tais universos virtuais para utilizar seus depoimentos e conversas no podcast dele (conceito brilhante, diga-se de passagem, mas que acho que poderia ter sido melhor trabalhado, adoraria ver um episódio do Black Mirror, mas com uma pegada menos lúdica que o desenho, abordando tal tema).

Enfim, acho que, talvez, o que torne tão interessante essas duas ideias é que elas são usos incomuns de uma tecnologia. Se você tem um dispositivo capaz de gerar/rodar gráficos em 16 bits… por que não rodar tais gráficos em 16 bits de vez?

E o mesmo podemos dizer da segunda questão: Dentre todas as coisas que você poderia fazer num universo simulado para chamar de seu (digo, você poderia criar um universo onde você fosse literalmente Deus ou algo assim), usar tal invento para meramente entrevistar suas criaturas simuladas para utilizar a história da vida delas num podcast… é certamente um uso incomum. E acho que é justamente aí o motivo pelo meu fascínio.

Diário: 15/11/2018

“When the masters of yesterday have passed, the masters of tomorrow will express this new sense of the futility of war and the greater power of the spirit.”Anna Coleman

Vendo um documentário sobre soldados que receberam a maior honraria que algum militar pode receber, por gestos de grandeza e coragem, soldados que salvaram seus companheiros e por aí vai. E uma coisa que me ocorreu foi que… em muitas dessas guerras, por mais admirável que seja tais gestos, e são gestos de coragem e grandeza, de fato… a guerra em que esses gesto de grandeza aconteceu foi totalmente desnecessária e fútil. Pois… há guerras “justificáveis” e “compreensíveis”, a Segunda Guerra Mundial, talvez tenha sido o último grande conflito em que você podia ir lutar sabendo que se morresse… você não estaria morrendo em vão por algo desnecessário. E infelizmente é o caso de muitos desses soldados. Eles fizeram sacrifícios extraordinários… mas as circunstâncias que os levaram a fazer tais sacrifícios, no quadro geral, não eram necessárias.

• And how many wonderful songs will you never find out that exist?

• Manhãs nubladas de domingo.

• “The soul belongs to heaven and the body to hell.” – The House That Jack Built (2018) Continuar lendo Diário: 15/11/2018

7 Verdades Sobre a Vida e o Futuro


1) A única forma da inteligência artificial ser impossível de ser desenvolvida é caso a inteligência descenda ou seja influenciada por “processos imateriais”. Ou seja, caso almas sejam reais.

2) Você é apenas seu cérebro, o resto do corpo é apenas um suporte de vida. Pior ainda: é uma prisão por muitas vezes torturante.

3) Robôs tomarão nossos empregos e a ideia do trabalho como algo necessário não existira mais.

4) O capitalismo eventualmente irá colapsar devido a automatização em massa produzida, em grande parte, por ele próprio.

5) O futuro da colonização espacial não é a colonização de planetas, mas sim a criação de habitats espaciais.

6) Viveremos em simulações computacionais.

7) A menos que a Terra seja destruída (por uma inteligência artificial que tenha dado errado ou pelo poder destrutivo que a inovação tecnológica deposita na mão de pequenos grupos) construiremos algo próximo ao que só pode ser descrito como o paraíso na Terra.