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Do Mind Copies Dream of Metaverse Heaven?

Eu… eu acho que não tive uma vida muito felizEu podia ter tentado fazer algo a respeito, não é culpa de nenhuma outra pessoa, parte é azar, parte culpa minha (ou talvez eu seja só um merdinha que não sabe valorizar o que tem e esteja reclamando de barriga cheia, não é?). Nasci homem e pobre.

E eu estava pensando algo absolutamente aleatório, talvez seria alguma boa ideia para um filme ou algo assim, algum episódio do Black Mirror. Sobre alguém morrendo, que teve uma vida infeliz, e eles acabaram de descobrir a tecnologia de mind-copy, de você copiar a sua mente para um computador. Você ainda morreria, não estamos falando aqui de imortalidade, mas você poderia salvar alguém igual a você.

E estava pensando nessa história de alguém decidindo clonar sua mente, e dar a uma versão de si mesmo a vida que ele sempre quis. Da nobreza e do gosto agridoce que seria ter essa atitude, sabendo que uma versão mais feliz sua poderia existir numa realidade virtual, ou seja lá onde viveriam esses avatares.

Em muitos aspectos o episódio San Junipero é similar ao que eu estou dizendo, porém… não existe esse aspecto dramático em relação a ele, até porque na história não se trata de um mind-copy, e sim dum mind-transfer (ao menos o episódio não indica que as protagonistas morreram e que quem foi viver no metaverso foram avatares delas). Elas não mandaram dois clones irem viver felizes para sempre na realidade virtual, elas mesmas foram para lá.

Talvez uma versão de mim poderia ser mais feliz no metaverso…

O Que Nos Torna Únicos: A Equação Matemática da Vida

Não há uma pessoa exatamente igual a você, com exatamente os mesmos gostos, as mesmas opiniões. Existem pessoas com algumas similaridades, com gostos em comum, mas não todos. Somos únicos como conceito.

Então, a questão é: O que nos torna únicos? O que define quem somos? O que define nossa personalidade? Acredito que os mais espiritualistas dirão que é a “alma” que o nos torna únicos. Bem, eu sendo um descrente não posso compartilhar desta mesma opinião.

Julgo que nós somos como o resultado de uma equação matemática que leva conta trilhões de variáveis, de fatores divididos em duas categorias bem simples, que são a genética, e as experiências que passamos ao longo da vida.

Nem mesmo pessoas com vidas “parecidas” são iguais, como no caso de irmãos gêmeos univitelinos. Eles têm uma vida parecida, mas as experiências por quais passam são diferentes.

Ninguém tem uma vida exatamente igual à de uma outra pessoa.

Dando um exemplo bem simples, para que vocês possam compreender melhor o que digo: Se um gêmeo univitelino fica resfriado e precisa passar alguns dias internado no hospital, pronto. Nesta estadia lá ele já recebeu milhões de influências diferentes, que seu irmão gêmeo que ficou em casa não recebeu. Se um gêmeo olha para a parede por algum motivo, e outro não, pronto. A vida de ambos não é mais igual.

A genética nos influencia diretamente, como por exemplo, influenciar o seu sexo biológico. E também influencia as experiências sociais pela qual você irá passar, que por sua vez influenciam quem você acaba se tornando.

Então, reflita:

Se fizessem um clone seu, e esse clone seu vivesse no mesmo país, tivesse os mesmos pais, tivesse os mesmos amigos, tivesse a mesma criação que você, passasse pelas mesmas experiências que você, enfim, se esse clone tivesse uma vida exatamente igual a sua… Esse clone seu, seria você?

A resposta é que sim, seria. Somos apenas uma equação matemática da vida.