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Chromium foi uma Barganha Faustiana


“O que as empresas desenvolvedoras ganharam ao ter um browser ‘de graça’, a Google ganhou em poder para influenciar fortemente os rumos da web.”

Existe um motivo pelo qual, por exemplo, a maioria dos navegadores mobile em pleno 2024 ainda não oferece suporte a extensões. É porque o chromium não oferece essa funcionalidade e o chromium não oferece isso porque a Google não quer que as pessoas instalem bloqueadores de anúncios.

A maioria das empresas mantenedoras simplesmente não tem condições de manter um fork (mais sobre isso no fim do texto) que com o passar do tempo se distanciaria mais e mais da versão mantida pela Google.

É garantia de 100% de controle sob os rumos da internet? Não, não é. Se uma feature – que Google removeu ou simplesmente nunca implementou – é fortemente desejada, os desenvolvedores irão implementar. Vide certos navegadores baseados em Chromium, como Brave e Vivaldi, que possuem bloqueadores de anúncios implementados nativamente neles.

Entretanto, para a Google, esse sistema gera a quantidade de dificuldade ideal para os outros desenvolvedores de navegadores, e dá à empresa do Vale do Silício um grande poder de influenciar quais features são implementadas na maioria dos browsers. Continuar lendo Chromium foi uma Barganha Faustiana

Major Linux Problems on the Desktop, 2019 Edition

Major Linux Problems on the Desktop, 2019 Edition

Ótimo artigo. A conclusão que podemos tirar é que o Linux, sem o apoio de uma grande empresa (basicamente a Google), para padronizar e refinar a experiência (consertando bugs que existem há no mínimo 10 anos), e simplesmente tornar aquilo amigável para os usuários do Windows e Mac OS, jamais conseguirá se tornar mainstream.

Ubuntu Edge e a Integração dos Dispositivos

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Celulares e Tablets basicamente se tornaram computadores portáteis que levamos de um lado para o outro. Computadores estes capazes de reproduzir vídeos, tocar músicas, mandar e-mails, realizar conversas por vídeos e etc. E embora eu reconheça a existência de vários serviços e softwares que facilitem essa integração entre celulares, tablets, e seu computador pessoal, temos que admitir que a integração não é tão prática como se seu notebook, tablet e computador fossem apenas um dispositivo só.

E esta era basicamente a ideia (uma delas na verdade) do Ubuntu Edge, que ao você conectar seu celular numa dock, ele rodaria uma versão full do sistema operacional, a mesma versão que você encontraria em computadores de mesa e notebooks. Com a evolução tecnológica e computadores cada vez menores e mais potentes, acho no mínimo interessante a ideia de poder literalmente levar meu computador para qualquer lugar que eu quiser.

Infelizmente o projeto não conseguiu os fundos necessários para sair do papel, embora ele tenha conseguindo arrecadar quase 10 milhões de dólares.

Mas ainda assim, acho que isso seria uma ótima forma de empresas como Google com o Android, por exemplo, acabarem entrando no mercado de PCs. Usar a plataforma de celulares, que eles já dominam, para entrar na plataforma de PCs, que eles de fato vêm tentando entrar, com projetos como Chromebook.

Obviamente que os opositores da ideia poderiam argumentar que projetos como rodar todo seu S.O na nuvem poderiam substituir isto, mas vou dizer o que sempre digo: Muitas pessoas, tais como eu, tem o pé atrás com rodar todo seu computador nas nuvens, seus arquivos, suas senhas, seus projetos. E isto é por uma série de motivos.

A ideia de rodar todo seu computador na nuvem vai muito além de simplesmente usar um Dropbox ou OneDrive (antigo SkyDrive) da vida para fazer backup de arquivos importante. Tem também o problema que caso você perdesse conexão com a internet seu computador e celular basicamente virariam uma pedra naquele instante, ou pior ainda… caso o servidor simplesmente sem querer acabasse perdendo seus arquivos.

Eu gosto de ter meus dados comigo, dentro de um dispositivo tangível, tal como um Micro-SD, um pendrive ou um HD. E obviamente, por último existe a questão que provavelmente (aliás, com certeza) seus dados serão monitorados (e armazenados secretamente) em algum lugar pela própria empresa, ou pela NSA.