Já devo ter escrito isso em algum lugar, mas acredito que Chomsky explica de forma brilhante o processo de como ela controla as pessoas, e especialmente o processo como a mídia controla o que os próprios jornalistas vão dizer, sem nem eles mesmos se darem conta. Tem aquela famosa frase dele ao ser entrevistado por um jornalista da BBC que jurava dizendo “Oh, eu não estou me censurando” e Chomsky responde a ele “Eu acredito em você, não tenho dúvida alguma que você acredita em cada palavra que diz. O ponto é que se você pensasse diferente você não estaria aqui”. “Se eles sabem o que você pensa, podem prever sua reação”, já dizia a música.
Isso leva a um ambiente onde nem o próprio jornalista acredita que haja alguma manipulação no sistema. Uma espécie de censura onde as pessoas nem se dão conta do que está acontecendo, porque o jornalista que iria publicar algum artigo num grande jornal indo contra a narrativa dominante, ele nunca sequer foi contratado. Não só isso, como o redator ou editor chefe que iria contratar esse jornalista, ele também nunca foi contratado. E os membros do Conselho Editorial que contratariam esse redator que iria então contratar esse jornalista, eles também nunca foram contratados pelo bilionário dono do jornal.Continuar lendo Chomsky, a Imprensa e a Narrativa→
É engraçado como a grande mídia não critica a prática judaica da circuncisão. É um assunto que simplesmente você não vê nos grandes jornais e afins. Zero questionamentos sobre se é certo uma intervenção cirúrgica permanente num bebê sem qualquer necessidade médica…
Diante dessa nova realidade onde fotos e vídeos podem ser facilmente falsificados, venho pensando em alguns desfechos para esses cenário: O primeiro deles, e talvez o mais provável, é o que as câmeras passariam a vir com uma espécie de “EXIF criptográfico”, onde seu iPhone, por exemplo, ao tirar uma foto criaria um código de autenticação afirmando que aquela foto é verdadeira e que o arquivo dela é real e que não fora modificado de nenhuma maneira, talvez até codificando dados de geolocalização também.
Existiria então uma espécie de padronização com diferentes câmeras, celulares, tablets, notebooks, etc… rodando esse firmware. A ideia seria que esse sistema se tornaria o “padrão” e as fotos que não tivessem esse certificado seriam consideradas falsas. De fato, essa é essencialmente a ideia e a “solução” que Adobe e outras big techs vem trabalhando, o chamado “Content Authenticity Initiative”(Iniciativa de Autenticidade de Conteúdo).
Porém, isso levanta algumas questões e problemas a meu ver:
Em primeiro lugar, o governo certamente teria uma porta dos fundos com tapete vermelho estendido para eles. Ou seja, poderiam simplesmente pedir para a Apple “Oh, nos dê acesso à sua backdoor que nos permite colocar um selo de autenticação falso em imagens geradas por IA”. Em outras palavras, acreditar cegamente nesse certificado daria um poder muito grande para o governo mentir e criar falsas narrativas.
E embora horríveis para a privacidade, um cenário onde existe uma dificuldade relativamente alta para falsificar tais atestados talvez garantisse que as coisas não mudassem tanto em relação ao cenário atual. Digo, mesmo antes da IA generativa, mega corporações e governos, especialmente os das grandes potências, têm capacidade técnica de manipular imagens e vídeos a décadas. Parte do motivo de imagens e vídeos valerem tanto como evidência se dava justamente na improbabilidade de tal imagem e, especialmente vídeos, serem forjados num mundo onde os recursos para tal são restritos, chame de “autenticidade por irrelevância” se quiser.
De modo que um cenário hipotético, onde essencialmente fotos sem esse certificado digital são presumidas falsas e fotos com o mesmo são presumidas verdadeiras, porém apenas um pequeno número de agentes e organismos internacionais têm a capacidade técnica de falsificar tais comprovantes – ainda que distópicos e altamente indesejados por este autor– talvez não mudasse tanto o paradigma pré-IA.
Todavia, contudo, porém, entretanto, posso estar enganado sobre esse cálculo e análise de como o cenário pré-IA, e mais especificamente as dificuldades/vantagens do governo ao falsificar mídia antigamente, se comparam com as dificuldades/vantagens do governo de falsificar esses certificados no futuro. Talvez não seja uma “tradução” exata.
Por exemplo, sem sombra alguma de dúvida pedir para a IA criar um vídeo e depois colocar um certificado de autenticidade falso nele será várias ordens de magnitude mais fácil e barato do que era filmar um vídeo fake bem editado como fariam antigamente, dessa forma, o amplo acesso do governo a essa capacidade de falsificação numa escala e facilidade nunca antes vistas, diferentemente das limitações técnicas prévias, poderia levá-lo a produzir conteúdo falso de modo muito mais irrestrito e prolífero.
Por fim, e talvez aqui mais à título de curiosidade, penso num cenário onde esse certificado não existe, nunca é implementado por N motivos, onde essencialmente fotos e vídeos deixam de ser evidências de qualquer coisa. E, ironicamente, isso lembraria muito o mundo pré-fotografia e pré-vídeo, onde eventos eram confirmados por testemunhas oculares, documentos históricos, registros, etc, etc. Não sei o quanto esse cenário é provável de vir a se realizar, mas mesmo achei válido imaginar essa possibilidade:
“Antigamente não tinha foto de nada, por isso não tinha no que acreditar. Hoje tem uma foto de literalmente tudo, então não dá para acreditar em nada.”
Me pergunto quantas pessoas morreram em decorrência dos efeitos colaterais da vacina contra o coronavírus? Evidentemente que a maioria das pessoas que tomou o imunizante não veio óbito, mas o número é sem sombra alguma de dúvida muito maior o que os “risíveis” 10 casos”assumidos oficialmente pelas autoridades de saúde. Para trazer um exemplo da realidade brasileira: cerca de 170 milhões de pessoas foram vacinadas. Se 0,01% dessas pessoas vierem a óbito ou sofrerem graves sequelas, já seria o alarmante número de 170.000 mortos ou enfermos.
Mídia que desde o início da pandemia passou a agir feito assessoria de imprensa dos grandes laboratórios. Aliás, não só a mídia, mas as próprias agências sanitárias de saúde e conselhos de medicina, que, sejamos sinceros, simplesmente acreditaram nos dados das farmacêuticas estrangeiras e deram o carimbo. “Oh, ANVISA disse que é seguro”, a ANVISA fez um teste clínico de 10 anos dessa vacina para analisar os efeitos do medicamento? Alguma instituição de qualquer lugar do mundo fez um teste com tal duração para analisar isso? Não. “Oh, os médicos dizem que é seguro”, antigamente os médicos também diziam que fumar não fazia mal e receitavam talidomida para mulheres grávidas.
No filme “Synecdoche, New York”, uma obra conhecida pelas suas inúmeras metáforas, há uma cena no qual o protagonista, Caden, está sentado lendo um livro no avião enquanto espera o voo decolar, nesse meio tempo enquanto os outros passageiros embarcam e se acomodam, ele acaba encontrando sua terapeuta, Madeleine, e ela acaba propondo uma aventura romântica à ele, oferta a qual é rejeitada. A recusa de Caden faz com que todas as páginas do livro em suas mãos ficassem em branco, uma metáfora representando toda a história em potencial que deixou de existir com a recusa de Caden.
Tudo isso que vem acontecendo nos últimos anos, das medidas draconianas impostas ao longo da pandemia, e duma manipulação descarada visando esconder as prováveis origens de vazamento laboratorial do vírus, até o inquérito completamente ilegal do STF contra, entre tantos perseguidos, um deputado mum inquérito onde uma das partes é a vítima/investigador e juiz…
Tudo isso são ações desprezíveis e que precisam ser combatidas, mas o que me assusta ainda mais é a normalização disso feito pela mídia. Uma coisa seria se esses absurdos estivessem acontecendo mas estivessem sendo ferrenhamente criticados publicamente pela imprensa, mas não é isso que acontece.
“Tá tudo normal. Não estamos vivendo numa ditadura judicial e por que? Ora, a Globo não tá falando, o UOL não tá falando, a Folha não tá falando, todos os ‘respeitáveis’ veículos de comunicação não estão falando, logo nada está acontecendo!”
Nós vemos pessoas vivendo em ditaduras como na China, vemos a clara agressão russa contra um país soberano, vemos tudo isso nos perguntamos “Por que o povo não reage?”, ora porque a mídia lá, que no caso é controlada pelo governo, normalizou isso.
E o que mais me assusta e me tira o sono é: até onde eles podem ir?
O maior legado de Trump foi, sem sombra alguma de duvida, ter revelado ao mundo toda a desonestidade, parcialidade, hipocrisia e manipulação da grande mídia numa escala mundial.
Uma tragédia particular, acontecida com um anônimo, que nada dizia a respeito aos brasileiros, ganhou os holofotes porque um jornalista decidiu escrever sobre isso e a grande mídia como um todo decidiu massivamente comprar essa história. Eles podem não ter ido tão longe quanto Sarah Winter foi ao divulgar o endereço do hospital e o primeiro nome da menina (não foi o nome completo, vale ressaltar, como a mídia desonestamente deu a entender), mas o pontapé inicial não deixa de ter sido autoria deles.
Aliás, um lado mais conspiracionista meu até questionaria o quanto essas notícias – justamente por se tratarem de um caso “genérico”, digamos assim, um evento que tristemente é demasiadamente genérico num país como o Brasil – não são milimetricamente pinçadas do éter dos inúmeros acontecimentos do mundo para os jornalistas colocarem uma pauta que defendem no trend topics do Twitter e na discussão social como um todo.
Nesse caso, a legalização, não só do aborto de uma criança que foi estuprada (o que já é permitido pela lei), mas do aborto como um todo. Essa é uma clássica técnica usada pela esquerda e autoritários de plantão de todas as cores ideológicas: pega-se o exemplo ideal, e usam tal caso para justificar uma pauta muito mais ampla.
É como o Alexandre de Morais pegando um exemplo de pessoas claramente ameaçando o supremo e usando isso para justificar a censura das redes sociais de quem critica decisões da Suprema Corte, tal como o inquérito ilegal das fake news.
Curioso que a a mídia mostra uma ressalva, um cuidado e uma preocupação com a intimidade alheia maior ao dar uma notícia sobre um travesti na prisão(nesse caso, ocultando o fato dele ser um pedófilo assassino estuprador) que eles têm ao noticiar que uma criança foi estuprada (nesse caso, dizendo que ela iria realizar o aborto, o que poderia despertar paixões e inevitavelmente arrastar ela para o centro duma discussão sobre o direito ao aborto).
Enfim, creio que não caberia ninguém estar em frente daquele hospital, nem tão pouco a grande mídia ter dado essa notícia. Acho que essa criança foi abusada pelo tio, e agora está sendo usada tanto pela direita, mas principalmente pela esquerda, para os quais essa criança foi transformada – contra sua vontade – no novo totem da sinalização de virtude e da luta a favor da legalização do aborto para todas as mulheres e em todas as circunstâncias.
Certamente quem paga de bom moço na internet vai monetizar muito bem a “caridade” que fez a essa menina. De resto, e para concluir, ainda acho que alguém deveria escrever um livro sobre a caixa podre do jornalismo.
Um blog sobre transhumanismos, filosofia, fetiches… e niilismos ocasionais
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