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Algumas breves reflexões sobre imagens num mundo onde tudo pode ser facilmente forjado

Foto totalmente 100% super verdadeira do presidente dos EUA, Donald Trump, se encontrando com líder alienígena em 32 de Março de 2027.

Diante dessa nova realidade onde fotos e vídeos podem ser facilmente falsificados, venho pensando em alguns desfechos para esses cenário: O primeiro deles, e talvez o mais provável, é o que as câmeras passariam a vir com uma espécie de “EXIF criptográfico”, onde seu iPhone, por exemplo, ao tirar uma foto criaria um código de autenticação afirmando que aquela foto é verdadeira e que o arquivo dela é real e que não fora modificado de nenhuma maneira, talvez até codificando dados de geolocalização também.

Existiria então uma espécie de padronização com diferentes câmeras, celulares, tablets, notebooks, etc… rodando esse firmware. A ideia seria que esse sistema se tornaria o “padrão” e as fotos que não tivessem esse certificado seriam consideradas falsas. De fato, essa é essencialmente a ideia e a “solução” que Adobe e outras big techs vem trabalhando, o chamado “Content Authenticity Initiative” (Iniciativa de Autenticidade de Conteúdo).

Porém, isso levanta algumas questões e problemas a meu ver:

Em primeiro lugar, o governo certamente teria uma porta dos fundos com tapete vermelho estendido para eles. Ou seja, poderiam simplesmente pedir para a Apple “Oh, nos dê acesso à sua backdoor que nos permite colocar um selo de autenticação falso em imagens geradas por IA”. Em outras palavras, acreditar cegamente nesse certificado daria um poder muito grande para o governo mentir e criar falsas narrativas.

Em segundo lugar, hackers existem, provavelmente não seria só o governo que teria essa capacidade. É difícil concebermos um sistema que seja tão à prova de invasão que não consiga ser eventualmente violado, tal como ocorre com consoles de videogame e outros dispositivos com firmware bloqueado. Isso levaria a soluções cada vez mais invasivas e prejudiciais à privacidade para tentar diminuir as chances de manipulação, como um sistema cada vez mais conectado e integrado à nuvem. Algo similar ao DRM que tentaram implementar no XBOX One e que de fato colocam em prática em muitos jogos hoje em dia. O que seria algo horrível para a privacidade.

E embora horríveis para a privacidade, um cenário onde existe uma dificuldade relativamente alta para falsificar tais atestados talvez garantisse que as coisas não mudassem tanto em relação ao cenário atual. Digo, mesmo antes da IA generativa, mega corporações e governos, especialmente os das grandes potências, têm capacidade técnica de manipular imagens e vídeos a décadas. Parte do motivo de imagens e vídeos valerem tanto como evidência se dava justamente na improbabilidade de tal imagem e, especialmente vídeos, serem forjados num mundo onde os recursos para tal são restritos, chame de “autenticidade por irrelevância” se quiser.

De modo que um cenário hipotético, onde essencialmente fotos sem esse certificado digital são presumidas falsas e fotos com o mesmo são presumidas verdadeiras, porém apenas um pequeno número de agentes e organismos internacionais têm a capacidade técnica de falsificar tais comprovantes – ainda que distópicos e altamente indesejados por este autor – talvez não mudasse tanto o paradigma pré-IA.

Todavia, contudo, porém, entretanto, posso estar enganado sobre esse cálculo e análise de como o cenário pré-IA, e mais especificamente as dificuldades/vantagens do governo ao falsificar mídia antigamente, se comparam com as dificuldades/vantagens do governo de falsificar esses certificados no futuro. Talvez não seja uma “tradução” exata.

Por exemplo, sem sombra alguma de dúvida pedir para a IA criar um vídeo e depois colocar um certificado de autenticidade falso nele será várias ordens de magnitude mais fácil e barato do que era filmar um vídeo fake bem editado como fariam antigamente, dessa forma, o amplo acesso do governo a essa capacidade de falsificação numa escala e facilidade nunca antes vistas, diferentemente das limitações técnicas prévias, poderia levá-lo a produzir conteúdo falso de modo muito mais irrestrito e prolífero.

Por fim, e talvez aqui mais à título de curiosidade, penso num cenário onde esse certificado não existe, nunca é implementado por N motivos, onde essencialmente fotos e vídeos deixam de ser evidências de qualquer coisa. E, ironicamente, isso lembraria muito o mundo pré-fotografia e pré-vídeo, onde eventos eram confirmados por testemunhas oculares, documentos históricos, registros, etc, etc. Não sei o quanto esse cenário é provável de vir a se realizar, mas mesmo achei válido imaginar essa possibilidade:

“Antigamente não tinha foto de nada, por isso não tinha no que acreditar. Hoje tem uma foto de literalmente tudo, então não dá para acreditar em nada.”

Como a Imprensa Mente para Você

O poder da grande mídia consiste em controlar a opinião pública em grande parte através do processo de editorialização, não só da notícia, mas da própria história da humanidade.

Entenda, uma matéria falsa, completamente inventada do zero, é fácil de ser desmascarada. Jornal diz que B aconteceu, porém B não aconteceu. Isso é amadorismo. A arte da mentira está nas meias-verdades, ou no que o jornalista Fábio Boechat chamou de “Fuck News”, a notícia pela metade, a notícia cagada, a notícia de merda. A imprensa diz que evento A aconteceu, o que é verdade, mas não menciona evento B, C, D, E, F, etc… que mudariam sua conclusão sobre o evento A. Isso é demonstrado de forma brilhante no comercial, ironicamente, do jornal Folha de São Paulo de 1995. Continuar lendo Como a Imprensa Mente para Você

Diário: 19/10/2018

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Há sempre aquela figura oculta por trás… que é os “hackers russos” e as “fake news”.

Acho curioso essa ênfase que a esquerda agora dá em relação às notícias falsas e manipulações de eleições e referendos, seja no Brasil ou nos Estados Unidos, etc… Parece ser completamente inconcebível e incontemplável a ideia de que o povo pode simplesmente… discordar.

Que o povo pode simplesmente querer um outro plano de governo, um outro caminho, uma outra direção. De que apesar de mentiras, de ambos os lados, diga-se de passagem, o povo em sua maioria pode simplesmente escolher outra coisa.

A esquerda, em grande parte, possui uma arrogância gigantesca em relação ao “julgar o que é melhor pros outros”, se você discorda… ou você é fascista ou é um ignorante manipulado que está sendo enganado por fascistas.

É de se estranhar também o foco na manipulação e mentiras nas eleições por parte de certos agentes especificamente nesse momento (quando candidatos da direita estão vencendo, não só no Brasil, mas em muitos países do mundo).

Quanto era o PT falando que se Aécio Neves ganhasse o Bolsa Família iria acabar, quando era o PT diminuindo o preço da conta de luz artificialmente… essas pessoas, gente como o Pirula, que tanto reclamam da desinformação do zapzap… Eu não via elas numa batalha tão feroz assim contra às ditas “Fake News”.

De modo que toda essa agitação em termos de notícias falsas parece ser simplesmente a esquerda, por estar perdendo mundo afora, tentando buscar alguma justificativa para sua derrota. E a mídia, que em grande parte possui sim um certo viés de esquerda, acaba replicando isso. 

Ainda que hajam mentiras numa eleição… bem sempre houveram e foram praticadas por ambos os lados. Há uma fake news com 10.000 compartilhamentos no Facebook contra o Bolsonaro, por exemplo.

Quando você só faz questão de alardear a “luta contra a desinformação” no momento em que seu time está perdendo… suas motivações são no mínimo um pouco suspeitas.

Trump, Pais e Filhos, Fronteiras e Fake News


Por incrível que pareça, a solução para todos os problemas do mundo não pode ser
“vamos todos ir morar na Europa ou nos Estados Unidos”. Existe muito sentimentalismo e fake news quando se analisa a questão de que o Trump estaria “separando pais e filhos”choros de criança e por aí vai.

Bem, em primeiro lugar… se você comete um crime… não é exatamente uma surpresa que acabem separando você de seu filho. Digo, existem milhões de pessoas presas em todo o mundo separadas de seus filhos e familiares justamente por terem cometido crimes. Deve-se destacar esse ponto.

Porém, aceito a ideia de que ao entrar num país ilegalmente seria “um tipo de crime diferente” ou uma “infração mais leve” e que idealmente crianças deveriam ficar juntas com os pais. Contudo, aqui batemos no segundo ponto: existem leis nos EUA que dificultam que crianças e seus pais sejam mantidos no mesmo ambiente – ao tratar adultos ilegais e crianças ilegais de modo distintos (oferecendo mais proteção e salvaguardas a crianças).

É importante também ter em mente também que o objetivo principal, a motivação de tanta reclamação, nunca foi “pela separação dos pais e dos filhos em si”, isso foi apenas um instrumento para eles propagarem a narrativa do “mundo sem fronteiras” através do sentimentalismo – até porque os esquerdistas continuam reclamando mesmo após Trump ter decidido manter pais e filhos presos juntos.

“Nós estamos trocando crianças em jaulas por famílias em jaulas.” – Artigo do New York Times

Você não pode prender eles separados, você não pode prender eles juntos, você não pode deportar eles para o país de onde vieram. O que você pode fazer? Aparentemente, só pode deixá-los entrar.

Para concluir, como sempre digo: A maioria dos imigrantes chegando aos EUA não são refugiados, mas sim migrantes econômicos fugindo duma economia ruim. A mídia adota a postura de que “eles são imigrantes de países violentos, tal como El Salvador e outros”. Ora, por que então não pedem asilo ao México? Por que atravessar a fronteira? A resposta é simples, eles estão procurando o país mais rico. 

Fake News: Manipulação dos Dados, Feminismo e SJWs


Há um antigo comercial da Folha, premiado mundialmente. O anúncio fala a respeito das conquistas de um político – mencionando dados que em si são verdade: “Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar. Aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de marcos. E reduziu uma hiper-inflação a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura, e quando jovem imaginava seguir a carreira artística.”

No final descobrimos que o político em questão era ninguém menos que Hitler. A moral da história, claro, é: Você pode mentir apenas dizendo informações verdadeiras, selecionando os dados, tirando-lhes do contexto, e induzindo assim uma visão errônea do mundo, mas que confirma a sua ideologia. E infelizmente isso vem ocorrendo cada vez mais nos dias de hoje, até mesmo entre os meios de comunicação tradicionais.

Fala-se que “1 mulher foi assassinada a cada 2 horas no Brasil em 2017” (12 por dia, 4473 por ano) – o que dá a impressão ao leitor que esses homicídios ocorrem unicamente por elas serem mulheres, que é algo especificamente contra mulheres e não um sintoma maior duma violência pública generalizada (caso contrário, se fossem mortes por fatores que afligem tanto homens quanto mulheres… por que sequer dar tanta ênfase nessa questão? Afinal, não é como se a vida de mulheres valesse mais do que a de homens). Continuar lendo Fake News: Manipulação dos Dados, Feminismo e SJWs