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“Why NATO Countries Say Russia Is Weaponizing Migrants”

“Why NATO Countries Say Russia Is Weaponizing Migrants | WSJ”

1) Ué, o que aconteceu com “diversity is our strength”? Durante a última décadas só ouvimos benesses sobre as maravilhas da imigração irrestrita. Os imigrantes ilegais eram bons para a economia, para o pagamento de imposto, para o meio ambiente, para o bem-estar animal. Literalmente uma cura milagrosa para todo tipo de problema que um país pudesse ter, sem efeito negativo.

2) Essa questão não seria um problema se os países Europeus seguissem o exemplo do Japão e tivessem fronteiras rígidas. Se tem alguma coisa sendo “weaponized” aqui é a frouxidão das nações europeias.

3) A imigração foi de fato transformada numa arma política, mas não foi a Rússia que inventou isso, no máximo ela está copiando essa estratégia de ONGs e think-thanks mundo à fora. Aliás, notem como o debate de imigração sumiu após a eleição do Biden, muito embora ele tenha continuado a deportando migrantes? Lembro deles, no governo Trump, fazendo um escarcéu com aquela foto da garotinha, que foi capa da revista Time e afins, mas pouco falaram sobre aquela imagem dum guarda fronteiriço laçando um imigrante ilegal negro durante o governo Biden.

4) Isso é só uma forma de ganhar apoio contra a Rússia em vez duma preocupação legítima com a imigração.

“Polônia pode começar a extraditar ucranianos que fugiram da convocação militar obrigatória”

“Polônia pode começar a extraditar ucranianos que fugiram da convocação militar obrigatória”

Isso me lembra a China prendendo refugiados norte-coreanos pegos em seu território e deportando eles de volta para Coreia do Norte. Por mais que a guerra da Rússia contra a Ucrânia seja errada e injustificada, ninguém – absolutamente ninguém – é obrigado a ir morrer em nome do próprio país. Ainda mais quando, como em toda guerra, os filhos e familiares das elites e políticos nunca são arrastados para o confronto, de modo que a violência e o horror da guerra para eles é sempre apenas uma abstração, pontos em um jogo de videogame.

O Amargo Preço para Putin Vencer a Guerra na Ucrânia

“…o problema não é que a Rússia não conseguiria vencer a guerra, o problema é que a conta sairá muito mais cara do que Putin imaginou.”

Vladimir Putin ao decidir invadir a Ucrânia acreditou que o confronto seria algo nos moldes do que fora a invasão da Crimeia em 2014: Um confronto rápido, com poucas mortes e com pouca destruição, preferencialmente com a rápida queda e colapso do governo Ucraniano, sendo substituído por um subordinado seu aos moldes do líder bielo-russo, Aleksandr Lukashenko.

Não foi o que aconteceu. Putin subestimou o quanto os ucranianos não desejavam viver sob o regime russo, tal como a ajuda do Ocidente e a extensão do apoio Europeu a Kiev. Logo, aparenta não ter calculado corretamente o quanto sua empreitada lhe custará. Continuar lendo O Amargo Preço para Putin Vencer a Guerra na Ucrânia

A Normalização do Absurdo

Tudo isso que vem acontecendo nos últimos anos, das medidas draconianas impostas ao longo da pandemia, e duma manipulação descarada visando esconder as prováveis origens de vazamento laboratorial do vírus, até o inquérito completamente ilegal do STF contra, entre tantos perseguidos, um deputado mum inquérito onde uma das partes é a vítima/investigador e juiz…

Tudo isso são ações desprezíveis e que precisam ser combatidas, mas o que me assusta ainda mais é a normalização disso feito pela mídia. Uma coisa seria se esses absurdos estivessem acontecendo mas estivessem sendo ferrenhamente criticados publicamente pela imprensa, mas não é isso que acontece.

“Tá tudo normal. Não estamos vivendo numa ditadura judicial e por que? Ora, a Globo não tá falando, o UOL não tá falando, a Folha não tá falando, todos os ‘respeitáveis’ veículos de comunicação não estão falando, logo nada está acontecendo!”

Nós vemos pessoas vivendo em ditaduras como na China, vemos a clara agressão russa contra um país soberano, vemos tudo isso nos perguntamos “Por que o povo não reage?”, ora porque a mídia lá, que no caso é controlada pelo governo, normalizou isso.

E o que mais me assusta e me tira o sono é: até onde eles podem ir?

A Cultura Digital na China e Rússia

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Existem textos que você sempre procrastina eles. Bem, este não será mais um deles, finalmente vou escrever sobre um assunto que venho adiando há algum tempo, e este é: A Cultura Digital na China e Rússia. O que eu quero dizer por cultura digital? Eu quero dizer em como estes dois países interagem na internet.

Por que exatamente China e Rússia, você me pergunta? Bem, eu lhes digo: Por que este dois países, cada um de seu modo, obviamente, agem de formas bem peculiares e diferentes da maioria dos países ocidentais. E acredito que estas diferenças no mundo 2.0 seja um reflexo, ou melhor dizendo: uma extensão da cultura e costumes deles no mundo digital.

Deixo claro que isto não é um “um estudo científico”, boa parte do que vou falar aqui é baseado na minha experiência de usuário na internet ao longo dos anos, e minha impressão dos internautas destes países. Continuar lendo A Cultura Digital na China e Rússia

O século 20 e 21 segundo as pessoas do século 30

Nunca houve tanta informação disponível como existe hoje em dia. Nunca documentamos tanta informação, fotos, vídeos, textos, etc, como nos tempos  atuais. Podemos ver o Muro de Berlim caindo, os aviões se chocando com o WTC no 11 de Setembro, podemos ver JFK sendo baleado.

E isso é algo interessante de se pensar, principalmente a forma como as pessoas do futuro, e talvez em especial os historiadores do futuro, irão se relacionar com o passado. Digo, o que vêm a nossa cabeça quando pensamos em “Idade Média”?middle-ages-clothing-2

Provavelmente nos vem a nossa cabeça algo como a imagem acima, um desenho (não muito realista, diga-se de passagem), feito pelas pessoas que viveram naquela época afim de ilustrar a realidade dela. E é apenas isso que temos: Um desenho. Não existem fotos, nem vídeos, daquelas épocas obviamente. Você pode no máximo ter visto um filme retratando como era viver naquele tempo, mas não é algo real.

Eu posso dizer o mesmo a respeito das fotografias antigas que muitas vezes tinham a qualidade técnica ruim e eram em preto e branco, de modo que você conseguia identificá-las ao olhar, você ao vê-la sabe que é antiga.

Porém, e quando vemos uma foto assim:
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A foto em questão foi tirada por um fotografo, alias, um gênio da fotografia russa, no ano de 1910, a mais de 100 anos atrás (para quem se interessar em ver todo o trabalho dele, o link é esse aqui). Entenderam onde eu quero chegar?

As fotos preto e brancas e com baixa qualidade nos distanciavam do passado, nos faziam ter uma visão de que o passado era “muito diferente” do futuro. E o mais importante, nós dava uma “imagem” de referência, você via aquilo e sábia que era antigo.

É estranho para nós termos uma visualização do passado tão realista, tão idêntica quanto a que temos do presente, e acredito que as futuras gerações vão experimentar esse sentimento muito mais do que nós. Afinal, a qualidade técnica dos dados gravados hoje é impecável. Imagina alguém do ano 3000 vendo um vídeo gravado em 2013. Seria como se nós do ano de 2013 pudéssemos ver em FULL HD as pirâmides sendo construídas.

Então, creio que as pessoas no futuro conseguiram perceber que… o passado não era tão diferente do presente.

Alias, eu já escrevi um abordando esse assunto dum posto de vista mais filosófico, caso você desejar lê-lo, o link está aqui “Os Nossos Problemas”.