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Do Victims of Magic Body Swap Dream with Brain Transplant Technology?

Prompt: new yorker magazine illustration: john and maria, doctors are holding two brains while, they swap are swapping the brains of John and Maria. A man and a woman with closed eyes are in a NewYork-Presbyterian medical center undergoing medical procedure, futuristic procedure, the twilight zone, terror / DALL-E 3 + Alguns outros conceitos que acabai bolando [1] [2] [3]

“Vitimas de Troca de Corpos Mágicas Sonham com Tecnologia de Transplante de Cérebro?”

Recorrentemente reflito sobre como as transformações na sociedade influenciam os fetiches que temos – transformações tanto nos costumes quanto no aspecto tecnológico.

No lado do aspecto social, um exemplo interessante é a tara por meia-calça. Mulheres, no geral e em sua grande maioria, raramente usam essa vestimenta nos dias atuais, infelizmente isso acabou saindo de moda ao longo dos anos 90 em boa parte do mundo por uma série de alterações na cultura de trabalho e afins. Porém, muitos homens crossdressers que eram crianças nessa época e que certamente viram suas irmãs mais velhas e mães usando essa peça de roupa, ainda possuem esse fetiche – mesmo isso não refletindo as tendências de moda feminina contemporânea. Continuar lendo Do Victims of Magic Body Swap Dream with Brain Transplant Technology?

Miss Vera’s Finishing School for Boys Who Want to Be Girls

new+pic2pixlrAchei que há uma verdade tão grande nesta foto. Ela foi tirada  na  “Miss Vera’s Finishing School For Boys Who Want To Be Girls (Escola Preparatória Para Garotos Que Querem Ser Garotas da Senhorita Vera), pelo que entendi é basicamente uma “escola” para crossdressers e transexuais aprenderem “coisas de meninas”. Para quem quiser ler a matéria (em inglês) que acompanha essa foto, aqui vai o link.

THE SKIRT THAT I WORE

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The first time that I wore a skirt…
Oh boy, it was like I had done cocaine!
I never done cocaine by the way, but if I had to imagine how it is like, it must definitely be like that!
I was on fire, baby!
It was so fucking good!
It was so fucking nice!
Wearing that cute blue pleated skirt
It was like wearing 1 million rainbows
It was as if I finally had found out an outfit that fit my inner side
And fit me so nicely
So fucking pretty nicely

Diário: 15/09/14

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É sempre estranho para um homem usar roupas “de mulher”, digo, principalmente quando você não está fazendo isso por motivos cômicos ou teatrais, e sim por um legítimo questionamento em relação à sua percepção de gênero individual, por um questionamento em relação a como você se vê. Você se sente estranho, não um “estranho ruim”, mas um estranho estranho. E na verdade é muito obvio o porquê disso, eu sempre digo: nós homens somos condicionados, a ter uma certa “repulsa” por qualquer coisa que seja minimamente considerada feminina, e inclusive já abordei isso em outros textos. Então, é difícil você quebrar essa “barreira” que a sociedade criou, você certamente tem que sair do seu caminho padrão, sair do seu modo “padrão”, e se permitir sentir seja lá o que for.

A Coisa a Respeito…

candy-paint-nailsA coisa a respeito da transexualidade, homossexualidade, e tantos outros questionamentos internos (e qualquer outro depoimento LGBT te dirá o mesmo), é que você nunca consegue ignorar isso durante muito tempo. Você pode tentar colocar esta questão no fundo da sua cabeça, e fingir que ela não está lá, fingir que esses desejos não existem, ou que simplesmente vão desaparecer um dia.

Você pode fingir que não sente inveja das mulheres que podem usar sapatilhas e ter unhas pintadas.

Você pode fingir que não sente inveja das mulheres que podem usar roupas femininas.

Você pode fingir que não sente inveja das mulheres que podem ter cabelos longos.

Você pode fingir que sente inveja daquelas mulheres que podem ser mulheres.

Mas no final não dá… uma hora você cansa de viver uma vida infeliz, uma hora você grita “Já deu, basta! Chega!” . Uma hora você diz: “Hoje, não dá mais. Hoje eu vou sair deste armário! Hoje eu vou atear fogo neste armário maldito!”

Diário 20/04/14

“Eu ando muito infeliz ultimamente, a verdade é que a minha vida já tava uma bosta antes de o pai morrer, e bem… o fato dele ter falecido não ajudou isso, nem tão pouco me fez ter mais valor pela minha vida. Sinto que a minha vida não anda pra lugar algum, eu peguei a larguei tudo para ir para São Paulo aquela vez, não só por causa do desrespeito seu em mexer nas coisas, e em jogar minhas roupas de garota fora como se fossem lixos, mas também porque eu queria que a minha vida mudasse, eu queria sair dessa realidade, mesmo que fosse para ir numa realidade mil vezes pior. Eu já estou a 2 meses tentando achar emprego e nada. Eu acho que sou infeliz sendo homem, mas não posso usar roupas femininas em casa porque vocês consideram “ofensivo” e “desrespeitoso”. Eu até tenho dinheiro pra comprar coisas pra substituir as coisas que você jogou fora, mas eu sei que eu se eu comprar vai dar briga, e vocês provavelmente vão falar pra eu arranjar um emprego (como se eu não estivesse procurando um emprego igual doido!). Vocês diz que me amam e me aceitam do jeito que eu sou? Mentira, vocês me toleram, no máximo. O dia que eu mudar meu gênero e chegar em casa usando saias e salto-alto vocês não iriam nem querer abrir o portão pra mim. E sabe o pior de tudo? É porque eu sei que isso é verdade.”

About Sex: A Linha que separa o Crossdressing da Transexualidade


Sempre que se fala sobre o crossdressing, os autores das reportagens fazem questão de ressaltar que essa prática independe da orientação sexual do indivíduo, que ela em si não é indicação de que o mesmo seja hétero, bissexual ou gay. E isso realmente é verdade.

Acredito que seja muito mais provável que o crossdressing indique algum conflito em relação à identidade de gênero da pessoa, ou seja, se ela se identifica como homem ou como mulher, do que na orientação sexual dela. E é aqui onde quero chegar: a linha que separa o crossdressing da transexualidade muitas vezes é tênue. Penso que o que começou como crossdressing pode acabar evoluindo para algo maior, ou talvez, melhor dizendo, o crossdressing pode ser o sintoma de uma questão maior e mais profunda, tal como um conflito de identidade de gênero.

De maneira geral, crossdressers não se identificam como mulheres, eles são homens que apenas gostam de se vestir como mulher, e de parecer mulher com a ajuda de acessórios, tais como peruca, maquiagem, etc. Tudo isso durante um determinado período do tempo.

Acredito que o que diferencia o crossdressing da transexualidade é uma questão de frequência, de como você vive sua vida:

Você é um homem que trabalha de segunda e sexta e nos finais de semana é uma mulher? Ou você é uma mulher que de segunda a sexta trabalha vestida de homem?

Um indivíduo que sente a necessidade de praticar crossdressing (se travestir) apenas nos finais de semana tem menos chances de vir a ser no fundo um transexual do que um indivíduo que prática crossdressing o tempo todo, que vive 24 horas usando roupas femininas. E por sua vez um indivíduo que além de se travestir o tempo todo ainda modifica seu corpo com cirurgias e hormônios tem mais chances de vir a ser um transexual do que o exemplo anterior.

A questão é basicamente simples: um indivíduo que prática crossdressing, ele quer ter o corpo de uma mulher, pelo menos por um determinado período de tempo. Ele quer usar aquelas roupas femininas, ele quer ter seios, ele quer ter o corpo o mais próximo possível de o de uma mulher, por um determinado período de tempo.

Se fosse possível e prático alguém, por exemplo, controlar um avatar de uma mulher (de modo igual ao que acontece no filme “Avatar”), boa parte dos crossdressers iriam querer esta experiência, pois seria uma forma muito mais realista de sentir o que é ser mulher.

Porém, na vida real modificar sua identidade para ser mulher é um processo extremamente difícil, em todas as vertentes possíveis. Então, acredito que acaba sendo uma questão de “o quanto eu quero isso?” e de “o quanto me faz falta o fato de eu não estar possuindo um visual e um corpo feminino?”.

Embora, acho justo lembrarmos aqui também de que a própria linha que separa o crossdressing/travestismo da transexualidade é tão obscura e tênue quanto a linha que separa “o que é ser homem?” do “o que é ser mulher?”.

Um crossdresser que discordasse de mim, poderia muito bem contra argumentar alegando que o fato de alguém querer se vestir como mulher o tempo todo e ter atributos físicos femininos, não necessariamente o faria mulher, desde que ele não se identificasse e nem se visse como tal. Ele poderia alegar que ele se identifica como um homem que apenas gosta de usar roupas de mulher e de ter um corpo de mulher, porém que gosta de todas as outras atividades historicamente associadas ao gênero masculino.

Ele poderia argumentar que apenas faz parte de um conceito de homem que não se encaixa nos padrões de gênero que a sociedade tem acerca do gênero masculino atualmente. Ele poderia argumentar que hoje em dia uma mulher pode, por exemplo, se vestir com “roupas de homem”, e possuir certos atributos físicos historicamente associados ao homem, como ter cabelo curto, e ainda assim se identificar como mulher, e ser considerada mulher pela sociedade.

Para encerrar, concordo com a afirmação da autora deste texto “Transgender vs. Crossdresser”, de que a linha que separa o crossdressing/travestismo da transexualidade é quando se travestir e agir como mulher deixam de ser um “evento especial”, deixam de ser algo que você só faz nos fins de semana, e passam a ser algo normal, algo corriqueiro, algo intrínseco a você.

About Sex: Transgender Umbrella

Existe uma expressão na língua inglesa chamada “Transgender Umbrella”, traduzindo para o português ela significaria algo como “guarda-chuva transgênero”, é um termo que engloba diversos grupos que não se encaixam a certos padrões de gênero que a sociedade tem (principalmente em relação à aparência que um determinado gênero deve possuir), ou que nem tão pouco se auto identificam com pertencendo a algum dos gêneros da sociedade. 1“Engloba qualquer individuo que cruza ou desafia a visão tradicional da sociedade a respeito de papéis e/ou expressões de gênero.”

Exemplo de grupos que são englobados nesta definição são: travestis, transexuais, pessoas bigender, crossdressers, dragqueens, pessoas que rejeitam a ideia de gênero, e por ai vai.

Quando Homens Vêm A Mim Para Serem Transformados Em Mulheres

[Achei super interessante esse post de um site gringo, então resolvi traduzir ele e postar aqui. Os créditos seguem abaixo.]
Sem título
Pense em todas as coisas loucas que as pessoas pagam para fazer. Algumas pessoas gastam seu dinheiro em paraquedismo, esqui, bungee jumping, parapente, aulas de academia e a lista continua. Muitas dessas coisas são incrivelmente perigosas. Pense em assistir à ópera. Eu sei não é perigoso, mas realmente penso sobre isso, sentar em uma sala escura com estranhos ouvindo gritos de senhoras gordas é absolutamente ridículo, mas as pessoas pagam montes e montes de dinheiro por  um lugar na primeira fila.

Quando as pessoas expressam quão louco elas consideram a ideia de eu fazer transformações “Boy-to-Girl” em meus clientes, peço-lhes para refletir: “É tão louco quanto paraquedismo?”

Há muitas maneiras de se emocionar na vida, e transformações “Boy-to-Girl” são uma delas.

O que é uma transformação “Boy-to-Girl”? A transformação Boy-to-Girl é simplesmente pegar um homem, e dar-lhe um trato da cabeça aos pés, transformando-o em uma mulher e documentar isso em fotografias. Continuar lendo Quando Homens Vêm A Mim Para Serem Transformados Em Mulheres

When His Mother Found Out His Girl’s Clothes

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And when his mom found out his girl’s clothes she thought out each one of them as garbage.

She didn’t care about what they meant to him, or about how much he loved them.

She said “that those clothes wasn’t clothes that I boy was supposed to wear”, to which he replied “Well, I don’t know if I like being a boy.”

As nothing, she thought out each one of his precious little dress, even that cute pink nightie that he loved, even the white pantyhose, even those cute panties still wrapped in plastic.

And it hurt, it hurt like hell…

She couldn’t even imagine how much it hurt when he opened his cabinet and saw… that they were gone.