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Jobs e Gates

“A Microsoft nunca teve as ciências humanas e as artes liberais em seu DNA. Mesmo quando eles viram o Mac, eles não conseguiam copiá-lo direito”. Eles simplesmente não entenderam.” – Steve Jobs

É interessante, ou no mínimo curioso, que no Steve Jobs você via uma paixão pela tecnologia que você não não enxergava e não enxerga até hoje no Bill Gates. Jobs trabalhou na Apple até o fim de sua vida. Ele tinha uma obsessão pelo produto e sua forma, por fazer o melhor computador, quase algo possessivo, por assim dizer. Vide a filosofia da Apple de controlar todos os aspectos do produto, do sistema operacional, passando pelo hardware e sistema operacional até as próprias lojas onde os produtos são vendidos.

E, bem, evidentemente o Bill Gates não teve essa paixão, vide o fato dele ter saído da Microsoft há quase 15 anos. Talvez eu esteja analisando demais, mas me parece que… o Bill Gates via a tecnologia mais como uma forma de fazer dinheiro e dominar o mercado. Muito aquém duma obsessão Stevejobiana pelo produto.

Não que Jobs ou Gates fossem gênios da programação, de forma alguma, a fama deles evidentemente se dá pelo impacto que suas respectivas empresas tiveram na adoção do computador pessoal pelas massas. Mas Jobs era completamente apaixonado pelo que fazia, ele trabalharia na Apple até o último dia da vida dele, seja lá quando fosse, e assim o fez.

Kodak, Sony e Microsoft


O que essas 3 empresas têm em comum? Todas elas são companhias que um dia foram a maior do seu ramo e que perderam oportunidades de ouro, pagando então um preço altíssimo por isso – ainda que algumas tenham sofrido bem mais do que outras.

A Kodak não enxergou que a fotografia analógica não sobreviveria a revolução digital. E não é que eles não soubessem que tais câmeras pudessem existir, ou não tivessem conhecimento da iminência de tal tecnologia, a primeira câmera fotográfica digital do mundo foi desenvolvida justamente pela Kodak. Continuar lendo Kodak, Sony e Microsoft

1968 e 2007: Douglas Engelbart e Steve Jobs

Assistindo a uma antiga famosa demonstração conceitual (de 1968 para ser mais exato), na qual um pioneiro da computação demonstra vários conceitos fantásticos – esse cara basicamente cantou a bola e mostrou o caminho do que estava por vir. Ele simplesmente sacou. Algumas pessoas simplesmente sacam.

Ele demonstrou, não só a invenção da interface-gráfica (user computer interface), meio esse pelo qual acessamos nossos dispositivos até hoje, e a grande sacada que possibilitou a computação chegar até reles mortais, como eu e você – que não sabemos uma linha de código sequer. Não apenas isso, como demonstrou coisas como hyperlink, programas de edição de texto e planilhas, e, claro, o mouse. E acima de tudo ele demonstra todos esses conceitos e ideias (que de fato alguns já existiam), mas ele mostra todos eles combinados sendo usados juntos e em conjunto, numa só experiência de uso.

E… trazendo isso para o período “atual” (leia-se os últimos 10 anos), creio que o Jobs, quando ele anuncia aquele primeiro iPhone naquele 9 de Janeiro de 2007, e anuncia o primeiro dispositivo mobile touchscreen que realmente “acertou” (não estou dizendo que ele foi o primeiro dispositivo que teve essa proposta, mas certamente foi o primeiro que realmente acertou na execução – o que realmente importa é a execução, não você ser o primeiro a ter uma ideia, mas a execução – caso contrário não teria sido o sucesso que foi e é).

Anuncia toda uma interação com dispositivos móveis via touchscreen, e, claro, toda uma linguagem de interface-gráfica e de interação com o usuário (e dum input device) voltada ao mesmo. E que até hoje ainda estamos desenvolvendo e aprimorando

E, em muitos aspectos, isso é muito mais desafiador porque… você tem bem menos espaço para desenvolver aquela experiência de uso (em vez de um monitor, mouse e teclado… há apenas uma tela de 6 polegadas).

Como resultado disso acaba nascendo ferramentas para conseguir fornecer complexidade dentro dessa realidade onde os meios de input de informação são limitados. Teclados inteligentes são um ótimo exemplo disso, navegação por gestos, etc…

Dicionário das Tristezas Obscuras: Videnifio

Cena do episódio "Vincent and the Doctor" do seriado Dr.Who

  • Videnifio

s.m um sentimento de curiosidade em relação a como as pessoas que mudaram o mundo, e não receberão os devidos créditos, ou morreram no obscurantismo, ou que simplesmente não sabiam ainda que em 30 anos elas seriam famosas e importantes… reagiriam se soubessem de tais fatos atuais, do aqui e do agora.

Uma reflexão e uma tentativa de vislumbre do que se passaria na cabeça dum jovem Steve Jobs de 21 anos de idade ao ouvir dum viajante do tempo que a companhia que ele fundara hoje numa garagem viraria a empresa mais valiosa do mundo hoje, em 2017.

Ou o que um Van Gogh sentiria ao entrar nos maiores museus do mundo e ver suas obras penduradas nas paredes. E ver todas essas pessoas reconhecendo e validando sua genialidade.

O que eles – que mudaram o mundo, muitas das vezes sem saber da grandeza do que estavam fazendo – sentiriam? Orgulho? Medo? Espanto? Deslumbramento?