Do ENIAC ao Hololens e Além


Os computadores estão ficando cada vez mais, literalmente, perto de nós. Há 70 anos eles ocupavam o tamanho de uma sala, era o tipo de coisa que só grandes empresas, universidades, e o governo, é claro, tinham. Sem falar nas limitações técnicas de tais máquinas, obviamente.

Avancemos 30 anos, surge o PC, a revolução do computador pessoal, pessoas comuns podiam ter um computador em suas casas. Ele havia saído daquelas grandes salas e adentrado em nossas casas, mas você ainda não podia sair com ele, não podia levá-lo num piscar de olhos para onde quer que fosse. Novamente, avancemos mais uns 15, 20 anos, temos os notebooks, o computador já era mais portátil, podíamos sair com eles por aí.

Avancemos mais uns 10 anos, temos o primeiro iPhone, lançado em 2007, que marca a revolução da transformação do celular num computador de bolso que, com o passar do tempo, ficaria quase tão poderoso quanto nossos computadores pessoais.

Sendo sua maior limitação o tamanho da tela apenas que, por ser muito pequena, restringe a quantidade de informação que pode ser exibida, e o tamanho do teclado touchscreen, que limita quanta informação pode ser introduzida. Ou seja, basicamente é um problema relacionado ao “output device” (tela) e ao “input device” (teclado touchscreen). Uma limitação dos dispositivos de saída e entrada de dados.
Hololens sendo usado para projetar area de trabalho em realidade aumentada.
Avancemos mais uns 10 anos, chegando assim ao presente, começamos a ver coisas como Hololens e Magic Leap, dispositivos – computadores – que projetam a imagem diretamente em nosso campo de visão. O tamanho da tela começa a não ser mais um problema, pois a tela é todos os 360° de seu campo de visão. De modo que o seu computador, a sua área de trabalho, as suas 20 abas no Google Chrome vão estar onde quer que você esteja. E a opacidade do ambiente ao seu redor poderá ser aumentada ou diminuída conforme a necessidade, como um layer do Photoshop.
Programa
Avancemos mais uns 10 ou 20 anos e começaremos a presenciar o aperfeiçoamento e a miniaturização desses dispositivos que farão os óculos de realidade aumentada de hoje em dia parecerem os celulares dos anos 80. Os reduzindo, quem sabe, ao tamanho de um óculos comum ou, quiçá, ao tamanho de uma lente de contato.

E por último, avancemos mais uns 10 ou 20 anos e começaremos a talvez ver dispositivos baseados em interfaces cérebro-máquina (brain-machine interface), que lhe permitirão interagir com essa interface gráfica diretamente através de seus pensamentos. Ao ponto de que pensarmos em computadores como algo “separado” de nós não fará mais sentido. Hoje em dia mesmo já não faz, aliás.

Muito além disso representar apenas uma aproximação, uma fusão entre computadores e humanos, isso representa um mundo cada vez mais baseado em bits e bytes. Representa uma eventual, e de certo modo, inevitável, transmutação de um mundo natural para um mundo digital – um mundo virtual.

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